sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uns verdadeiros parasitas estes portugas.

Vulgarmente associamos este termo a minúsculos insectos que vivem onde normalmente não incomodam as nossas distraídas vidinhas, mas na realidade qualquer dicionário ou um pouco de cultura nos lembrará que são plantas ou seres vivos de outras espécies que vivem à custa dos outros e não do seu trabalho. Isto é, em sentido figurado, inúteis e supérfluos.

Na nossa história pátria, a tal com mais de oito séculos de existência, ou como mais modernamente se afirma, com quase um milénio… bastas vezes foi o povo chamado a dar caça aos parasitas que se instalavam à mesa do orçamento do reino, parasitando o trabalho de toda uma nação de quase escravos, felizmente as elites não tinham uma formula de alerta para os levantamentos populares, imaginavam que nunca aconteciam. Mas acontecia, quando a miséria era mais do que muita, então as revoltas nasciam brutais, com as consequências de todos conhecidas. E a próxima será igual, com escravos mas sem cravos, seguramente.

Numa análise contra factual questiona-se se um determinado facto não ocorresse o que teria acontecido de outra forma no futuro, um exemplo de escola é o de imaginar se a rainha do Egipto, a famosa Cleópatra, fosse feia e velha, o Império romano poderia ainda existir, dado que as lutas fratricidas dentro do sistema em muito se deveram também à beleza régia da dita senhora. O poder de Roma nunca mais teve o brilho civilizacional que o tinha caracterizado, a decadência começou assim.

Muitos consideram também erradamente que o regime democrático se assemelha a um casamento de outros tempos, sem possibilidade de divórcio, sendo para todo o sempre, condenando a uma vida de inferno uma existência em comum quando já nada se aproveita dessa relação por natureza há muito terminada. Nada mais errado, as democracias perduram e consolidam-se, não pelo exercício despótico ou tirânico da vontade das maiorias, mas sim pelo respeito de todas as minorias que legitimamente disputam o poder, a chamada alternância democrática.

Como ficou publicamente testemunhado via TV, o PR em Guimarães foi vaiado pelo povo, mesmo antes de ter afirmado que vive em perfeito estado de indigência, não de carácter mas financeira. Onde foi parar o lema de pobres mas honrados? Sim, pela primeira vez na história da república temos um PR sem vencimento e com reformas que o próprio afirma desconhecer, nunca fala de uma que seguramente anda esquecida que corresponde a de ter sido Primeiro-ministro (creio que são uns bons 2.500 euritos mais) e é automática (?) para todos os exs. Temo que para a próxima visita lhe ofereçam uma chuva de ovos e maçãs para compor o orçamento.

Moral desta triste história: o povo é ingrato e indigno, os parasitas somos nós, vivemos a custa do PR, pois este mal ganha para as despesas. Uns verdadeiros parasitas estes portugas.